De geração para geração, goleiro Diego se mantém ligado ao Juventude
GeralO sangue verde que corre pelas veias dos mais diversos torcedores também circula por jogadores que deixaram sua marca na história do Juventude. É assim com o goleiro Diego, 33 anos, oriundo das categorias de base do clube e de uma trajetória vitorios
O sangue verde que corre pelas veias dos mais diversos torcedores também circula por jogadores que deixaram sua marca na história do Juventude. É assim com o goleiro Diego, 33 anos, oriundo das categorias de base do clube e de uma trajetória vitoriosa no mundo do futebol.
Diego Costa Silva, nascido em Itaqui, mas criado no Alfredo Jaconi de 1997 a 1999, esteve na manhã desta terça-feira (08) no estádio. O ex-goleiro alviverde tenta manter os laços apertados com o Juventude. Hoje, inscreveu o próprio filho, também Diego, de oito anos, na escolinha de futebol do clube, provando que o sentimento pelas cores verde e branco pode ser repassado de geração para geração.
Diego, o pai, está atuando no Azerbaijão, onde defende o Gabala, tradicional time do país. Antes, esteve em Portugal por três temporadas, sendo eleito por três vezes consecutivas o melhor goleiro da liga. Foi no Vitória de Setúbal que conseguiu as principais conquistas. Pudera, pois as cores do clube português remetem às do Juventude, com a adição apenas do amarelo.
Após deixar o Juventude, Diego atuou por Atlético-PR, Fluminense e Santo André, até se transferir para o exterior. Porém, o clube alviverde de Caxias do Sul segue com um espaço destacado no coração do goleiro. “Lembro com muito carinho da época que vesti a camisa do Juventude. Morei no alojamento do clube entre 97 e 99, e após isso iniciei minha carreira profissional, então foram momentos muito importantes”, relembra Diego.
Campeão Gaúcho e da Copa do Brasil, em 98 e 99, o então goleiro das categorias de base, que compunha também o grupo profissional na época, lembra com carinho da campanha do time no Campeonato Brasileiro de 2002, do técnico Ricardo Gomes. Naquela oportunidade, o Juventude só perdeu uma partida jogando no Alfredo Jaconi, justamente para o Grêmio, nas quartas de final da competição. Mesmo assim, Diego foi eleito o melhor goleiro do Brasil naquele ano.
Sobre a situação atual do clube, Diego se diz chateado, mas vê boas perspectivas para o futuro próximo: “vejo com tristeza tudo isso que aconteceu com o Juventude, pela história, pela grandeza e pelo tamanho da torcida. Mas também vejo que está sendo feito um trabalho pra resgatar a tradição do clube e consigo ver um futuro promissor daqui pra frente. Quem sabe os 100 anos não marquem essa virada?”, pergunta.
Agora é a vez de Diego, o filho, iniciar uma trajetória no futebol. A escolinha é o primeiro passo para qualquer jogador. E como a fruta não cai muito longe do pé, vem por aí mais um goleiro, algo que trás satisfação para Diego, o pai.
Caxias do Sul foi a cidade escolhida para acolher a família de Diego. Enquanto o goleiro continuar atuando no Azerbaijão, os filhos e a esposa morarão na Serra. Gabala, onde atua o ex-jogador alviverde, fica a cerca de 250 km da capital, Baku, onde fica a escola internacional que era frequentada pelos filhos. A dificuldade no deslocamento diário foi um dos motivos para que a decisão de trazê-los de volta à Caxias fosse tomada.
Enquanto segue carreira, e Diego imagina atuar por pelo menos mais sete anos, as lembranças do Juventude e o sentimento pelo clube reaparecem frequentemente na cabeça. “Lembro muito bem do carinho que recebia, e continuo recebendo da torcida. Sempre valorizaram o meu trabalho e sou grato por isso. Porém, sinto que fiquei devendo alguma coisa para o clube, por isso, sempre estarei tentando ajudar direta ou indiretamente o Juventude”, revela. Sorte ao garoto e que, Diego, o filho, siga os passos e se consagre com a mesma camisa vestida pelo pai entre 1997 e 2002.
Grato pela lembrança, o Juventude presenteou Diego com uma flâmula oficial do clube. De acordo com o goleiro, ela vai virar destaque no lugar reservado às conquistas, na parede de casa (foto abaixo).