Dupla de zagueiros do Maracanã se reencontra no Jaconi
Geral16 anos depois da conquista da Copa do Brasil, um reencontro especial marcou a manhã desta segunda-feira (06/07), no estádio Alfredo Jaconi. Picoli e Índio, os dois zagueiros que entraram em campo no Maracanã e ajudaram a segurar o 0 x 0 que entrou p
16 anos depois da conquista da Copa do Brasil, um reencontro especial marcou a manhã desta segunda-feira (06/07), no estádio Alfredo Jaconi. Picoli e Índio, os dois zagueiros que entraram em campo no Maracanã e ajudaram a segurar o 0 x 0 que entrou para a história do clube, conversaram longamente e relembraram os principais momentos do título.
Com 43 anos, o Xerife Picoli exalta a dupla formada com Índio naquele ano de 1999. “Lembro de dois momentos que marcaram aquele jogo contra o Botafogo. O primeiro é quando eu começo a discutir com um adversário por causa de uma cotovelada que eu tomei. No meio do bate-boca chega o Índio e termina com a discussão, metendo respeito e mandando o cara longe. A segunda situação é quando ele diz, já na reta final da partida: ‘bá Xerife, não vou aguentar’. Ele tinha uma dor na coxa, de uma lesão que já tinha tirado ele da partida contra o Inter. Aí virei pra ele e disse: ‘você vai ficar em campo. Faz a sobra aí que eu corro por ti’. Nossa parceria era de muitos jogos. Ele tinha uma presença importante, era imponente como zagueiro”, relembra Picoli, com o semblante de quem, quando conta estas histórias, revive momento por momento.
“É uma emoção enorme. Não tem explicação o que sinto ao relembrar de tudo isso e retornar ao Jaconi, reencontrando amigos como o Picoli, o Fernando e outros companheiros daquela época. A nossa conquista vai ficar para sempre na história e isso me orgulha muito. Aquela parceria de zaga era dentro e fora de campo, então sempre comento, por todos os lugares por onde eu passo, da união e da capacidade do nosso grupo naquele ano”, destaca Josué Ferreira Filho, o popular Indião. Aos 40 anos, o ex-zagueiro também atua como treinador.
Ao lado do também campeão da Copa do Brasil Fernando Rech, que hoje é auxiliar de Picoli, os zagueiros fizeram questão de rever e segurar novamente a taça mais importante do memorial alviverde. Dupla de respeito, pararam, com o também zagueiro Capone, ataques fortíssimos do final da década de 90. Diante do Botafogo, impediram que jogadores como Bebeto, Sergio Manoel, César Prates e Zé Carlos estragassem a festa da Papada.
“Até então o Picoli era o nosso substituto imediato, mas nas duas finais ele acabou sendo titular e levou a premiação inteira”, contou Índio, em meio a gargalhadas. “O Picoli sempre foi um grande líder e tenho certeza que aqui no Juventude ele ainda vai ter muito sucesso, pois eu conheço o potencial e a força de vontade que ele carrega”, complementa o zagueiro.
No último sábado, Índio acompanhou das arquibancadas o trabalho dos amigos Picoli e Fernando na vitória do Juventude diante da Portuguesa, no Jaconi. Além disso, matou a saudade do verde e do branco, cores que ele sempre vestiu com a garra típica de quem é Juventudista de coração. “O Juventude está voltando a galgar seu espaço e ainda vai colher grandes frutos pelo trabalho que realiza. Sei disso porque vejo pessoas identificadas com o clube querendo coisas positivas. Tenho certeza que o torcedor terá grandes momentos pela frente”, assegurou Indião.