Geração formada na Escola de Futebol do Juventude é destaque ao redor do mundo
GeralTrês jogadores da Seleção Brasileira Sub-21 – que conquistou o Torneio Internacional da China, na terça-feira (18/11) – atuaram juntos na Escola de Futebol do Juventude, entre 2004 e 2006. Cada um tomou o próprio rumo no futebol, mas o lateral Maicon
Três jogadores da Seleção Brasileira Sub-21 – que conquistou o Torneio Internacional da China, na terça-feira (18/11) – atuaram juntos na Escola de Futebol do Juventude, entre 2004 e 2006. Cada um tomou o próprio rumo no futebol, mas o lateral Maicon, o zagueiro Rodrigo Ely e o atacante Felipe Gedoz se reencontraram dez anos depois com a Amarelinha.
O reencontro rendeu, inclusive, uma matéria para o portal G1, da Globo, no último final de semana. Os atletas contaram suas histórias e relembraram da passagem pelo Jaconi. (confira aqui).
Jonas da Rosa, desde 1990 trabalhando no Juventude e que hoje é coordenador da Escola de Futebol, lembra bem desses três nomes. “A família do Maicon estava morando em Caxias, então ele veio treinar conosco. Embora respeitoso, ele era um menino mais desleixado, tanto é que em um treino ele veio de skate”, relembra Jonas, aos risos, lembrando que o atleta deixou o clube e foi para o Grêmio, antes mesmo dos 14 anos.
Rodrigo Ely, segundo Jonas, já mostrava ser diferenciado, mesmo bem jovem. “Ele é de Lajeado e, na época, ele era o destaque do futsal na região. Mostrava muita técnica e tinha muita inteligência com a bola no pé”, conta o coordenador, também ressaltando a perda do atleta para o Grêmio, em 2006.
“O Felipe Gedoz era chamado de Ticatá aqui no clube. Este foi o apelido que inventaram pra ele. Em campo, era um menino franzino, que tinha muita técnica, mas enfrentava dificuldade por causa do tamanho em relação aos demais”, diz Jonas. O atleta também deixou o clube em 2006.
Todos deixaram o clube antes dos 16 anos, idade em que se pode firmar o primeiro contrato profissional com qualquer atleta. Até 2010, o Juventude foi obrigado a observar diversos de seus atletas deixarem o clube sem que houvesse qualquer empecilho. Nos últimos anos, porém, o cenário mudou, o clube ganhou em estrutura profissional e essa situação passou a ser mais incomum. Hoje, cada atleta tem um documento chamado “contrato de formação”, que comprova a ligação com o clube. Além disso, usa-se como provas inscrições em campeonatos e súmulas para garantir o vínculo entre clube e jogador.
“Hoje nos cercamos de maiores cuidados para garantir que não haja mais esse tipo de situação, onde os pais eram procurados por outros clubes e simplesmente retiravam seus filhos da nossa base, sem a menor explicação ou retribuição financeira. Ainda há sondagens e há muita procura por nossos atletas, mas os profissionais que compõem este mercado passaram a respeitar o nosso trabalho”, garante Jonas.
O trabalho da Escola de Futebol do Esporte Clube Juventude é fantástico. Muitos atletas que hoje são reconhecidos no Brasil e no mundo foram forjados no Jaconi. Da mesma geração, por exemplo, de Maicon (Livorno-ITA), Gedoz (Club Brugge-BEL) e Rodrigo Ely (Avellino-ITA), saíram jogadores como Alex Telles (Galatasaray-TUR), Ramiro, Bressan e Follman (Grêmio), Moisés (Goiás), Gustavo Campanharo (Verona-ITA), Fernando (Shakhtar-UCR), Zezinho (Chapecoense), Tiberson (Internacional) e Adriano Strack (Travnik-BÓS), além de Airton, Fabrício e Vacaria, que seguem no Juventude.
Algum tempo antes destes, por exemplo, o Juventude lançava para o futebol atletas como Luiz Adriano, artilheiro do Shakhtar na Liga dos Campeões e Adilson, que hoje está no futebol Russo. Ou seja, ainda muito jovens, deram os primeiros passos e aprenderam os primeiros fundamentos na Escola de Futebol do Juventude.
“Se montássemos uma equipe de 2005, teríamos um grande time”, revela Jonas, indicando a escalação com Follman, Maicon, Bressan, Rodrigo Ely e Alex Telles; Fernando, Gustavo Campanharo, Ramiro e Zezinho; Tyberson e Felipe Gedoz.
Com a coordenação de Jonas da Rosa e um departamento cercado de profissionais competentes e preparados para lidar com jovens atletas, a Escola de Futebol do Esporte Clube Juventude é referência em todo o Brasil. Cerca de 500 crianças entre 08 e 14 anos compõem os grupos de recreação e competição. Mais do que atletas profissionais de futebol, a missão da Escola de Futebol é colaborar com a comunidade, tendo responsabilidade social e auxiliando no processo de formação de cidadãos de bem.