Juventude participa de audiência pública em Brasília
GeralDirigentes de diversos clubes de futebol do país participaram de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, na tarde da última terça-feira (15/10). A principal pauta foi em cima da dívida tributária, que tanto preocupa os times em to
Dirigentes de diversos clubes de futebol do país participaram de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, na tarde da última terça-feira (15/10). A principal pauta foi em cima da dívida tributária, que tanto preocupa os times em todo o Brasil, mas outros assuntos, como gestão de clube e formas de arrecadação foram debatidos. O Superintendente Administrativo e Financeiro do E.C. Juventude, Emir Alves da Silva, representou o clube na oportunidade.
De acordo com Emir, o ponto mais importante que foi levantado e defendido pelos clubes, é o de que o futebol precisa passar urgentemente por um processo de reformulação, especialmente na forma de gestão dos clubes. Pelo que foi levantado, a única maneira de os clubes sobreviverem e se equilibrarem financeiramente, é com uma administração profissional e com a implantação da chamada “governança corporativa”, que prevê confiabilidade e transparência de todas as ações da gestão de uma empresa. Com esta teoria, aceita como a ideal para a administração moderna de um clube de futebol, seria possível que os clubes controlassem com maior eficiência suas finanças.
Ainda em cima das dívidas tributárias dos clubes, a CBF sugeriu também uma proposta que prevê punição desportiva para inadimplentes fiscais e trabalhistas, como perda de pontos ou até mesmo eliminações em competições. Em contrapartida, facilitaria e parcelaria as dívidas dos clubes que devem mais.
Para o dirigente alviverde, Emir Alves da Silva, a participação do E.C. Juventude na audiência em Brasília foi positiva. “Estamos recebendo, em 2014, uma Copa do Mundo, que é o grande evento do futebol em todo o mundo. Precisamos aproveitar este momento e discutir assuntos que vão garantir a sobrevivência dos clubes de futebol, principalmente em relação ao atual modelo de gestão praticado no futebol brasileiro”, explica o Superintendente esmeraldino.
Outro ponto que chamou atenção foi a apresentação do projeto de autoria do deputado Vicente Cândido (PT/SP), que permitiria que os clubes pagassem, no máximo, 10% das dívidas tributárias. Os 90% restantes poderiam, neste caso, ser compensados com investimentos nas categorias de base. A ideia central seria investir no futuro do próprio esporte e da sociedade, pois o valor seria revertido para que o clube pudesse auxiliar nas questões sociais, como tirar crianças das ruas e levá-las ao futebol.
A audiência pública da comissão foi pedida pelos deputados Deley (PTB-RJ) e Francisco Escórcio (PMDB-PA), que garantem que a situação envolvendo as dívidas está em situação crítica. Dentre os presentes, estiveram vários ex-atletas que hoje fazem carreira na política como Romário, Popó e Danrley.
Por outro lado, muitos dirigentes mostraram insatisfação com as desigualdades entre os recursos destinados pela CBF aos clubes e, principalmente, pelo descuido com as Séries B, C e D.