18/05/2010
Bate - PAPO Francisco Michielin
QUE SOLIDARIEDADE!
Peço a todos os juventudistas que leiam esse texto com muita atenção e depois, calma e prudentemente, façam seu próprio juízo da aberração a seguir, que, expressa, essencialmente, o pensamento de nossa Diretoria:
Assim que a Direção do Juventude foi inteirada sobre o falecimento do nosso Patrono, tratou de manifestar o seu pesar, determinar luto oficial e providenciar os devidos anúncios fúnebres.
Imediatamente, nosso Presidente dirigiu-se ao único jornal diário de nossa cidade (o que é uma lástima, pois precisaríamos, no mínimo, de mais um), solicitando que publicasse uma nota, obviamente a ser paga, referente ao funeral, em nome do clube. Para sua surpresa, a resposta foi exatamente assim: “se quiserem, primeiro tem que pagar”.
Reparem que estava se falando da morte de um dos nossos maiores ícones, o doutor Willy Sanvitto.
Pagamento quitado, foi comunicado ao solidário e humanístico jornal de nossa comunidade que, enfim e por fim, poderiam imprimir o anúncio na edição do dia seguinte. Que ficassem tranqüilos, o dinheiro havia sido depositado. Não iriam sofrer nenhum calote...
Em cima da hora, algum responsável (ou irresponsável), telefonou ao clube, dizendo que, para ser publicado, precisaria, antes de tudo e de mais nada, saber os dados bancários para comprovar o depósito.
Ora, por favor. Numa hora dessas! Que falta de nobreza de espírito e de seriedade. Onde fica a solidariedade humana em casos dessa natureza? Os tempos realmente mudaram.
Particularmente, conhecendo o seu Editor, não acredito que sequer ele tenha ficado sabendo de gesto tão ignóbil. Certamente, ele reprovaria.
Se tal atitude resultou de um ato isolado ou de decisão superior, não interessa. Interessa que a coletividade juventudista seja devidamente conhecedora desse constrangedor, decepcionante e lamentável tratamento, muito longe de nossa grandeza e tradição.
Que momento mais impróprio para tirar proveito financeiro! Será que o Juventude perdeu o crédito com o jornal que se jacta de ser integrador regional. Ou, na verdade, desintegrador? Ou teria sido uma manobra rasteira, para tumultuar nosso ambiente de preparação para a Série C?
Todas as hipóteses são possíveis. Além de outras, evidentemente, até mesmo, vá lá, (conceda-se a atenuante) que o “cobrador” em questão, não estivesse num dia dos mais inspirados, de bem com o mundo...
Mas, repita-se: se tratava da morte de nosso estimado Patrono!
Jamais poderíamos compactuar com atitudes de tão baixo coturno. Depois, acusa-se a torcida alviverde de se manifestar contrária à opinião de dois ou três jornalistas. Sim, nós é que somos os desafetos. Os provocadores. Os que magoam e insultam. Nós???
Ou a predileção apaixonada pelo JU, por parte de um candidato ao Prêmio Nobel, o gênio da neurociência, Miguel Nicoleides não merecia uma capa inteira, com distribuição nacional da magnífica notícia?
Não, senhores! Melhor publicar a foto de um inocente menino, ostensiva e inadequadamente com o uniforme de outro clube, para visitar e conhecer o Alfredo Jaconi! E ainda por cima ouvir pareceres de jornalistas do centro do país, representantes de torcidas que se odeiam e se matam, intrometendo-se da dar pitacos onde nada conhecem?
Curiosamente, o autor desse disparate, não bolou uma reportagem de idêntico porte para exaltar as boas coisas da existência humana. Teria prestado um enorme serviço de conciliação e integração. E limpado sua barra com nossa massa de adeptos.
Engraçado: o que é altamente positivo fica escondido nas páginas internas e em foto três por quatro. O bom é bater nos clubes da cidade, especialmente no glorioso e centenário Esporte Clube Juventude. Afinal, damos assunto! Embora não se entenda tanta raivinha. Afinal, temos tantas coisas melhores a oferecer...
