04/03/2010

Bate Papo - Francisco Michielin

Bate Papo - Francisco Michielin


A boa vitória, fora de casa, contra o Internacional de Santa Maria, não foi apenas importante. Ela era, antes de tudo, necessária. Estávamos precisando nos reencontrar com a chamada “senda dos triunfos”. Então, o resultado chegou numa excelente hora. Justamente, no começo do segundo turno.
   O resultado em si proporciona a tranqüilidade que o grupo buscava e que a torcida almejava e reclamava. Pois, as coisas se conciliaram. Certamente, também, um alívio para a direção técnica, ao mesmo tempo trazendo uma trégua para a espinhosa tarefa da Direção empenhada em reconstruir o clube, diante do tamanho do rombo, lamentavelmente herdado. Um legado que, como já disse, exigirá um retorno dos seus responsáveis, mais cedo ou mais tarde, zelando pelo próprio nome.
   De resto, a goleada aplicada, repetindo a dose de dois anos atrás, lá mesmo, em Santa Maria, se deve ser saudada com a alegria que o difícil momento requer, também está a pedir cautela e muita concentração. Atitude passa a ser a palavra de ordem.
   É cedo para soltar foguetes, achando que retomamos nosso caminho. Mas, houve claros indícios de melhoramentos. Há, ainda, que se esperar. A tal paciência pedida por mim e, sobretudo, pela Direção. Os jogadores sabem que, mostrando serviço, serão aproveitados na campanha da Série C. Vontade, não se negue, eles tem de sobra. E, ademais, até se formatar o plantel para essa divisão, reforços serão providenciados.
   Cabe ao torcedor e a mais ninguém acreditar e apoiar. Não tem outra saída!
PAPOS NA HISTÓRIA
     Osvaldo Ártico, pai do nosso Vice-Presidente de Futebol, Juarez Ártico, foi um dos 35 fundadores do Juventude. Como a maioria deles, era bastante jovem e muito empolgado. Foi titular desde a primeira partida, por muitos anos, jogando como centromédio. Sua maior atuação ocorreu, em 1919, quando o 14 de Julho de Livramento, de tão poderoso, apelidado “O leão da fronteira”, passou invicto numa série de jogos por todo o estado. Sua invencibilidade veio a ser perdida justamente contra o Juventude com uma implacável goleada de 4x1, de enorme repercussão na época. Osvaldo Ártico – o “Mirim” – foi autor de dois golaços. A partir dessa vitória histórica, o Juventude passou a ser rotulado pela imprensa da capital de “Tigre da Serra”.