23/08/2010

Bate-PAPO Francisco Michielin

Bate-PAPO Francisco Michielin


                     PAUSA PARA MEDITAÇÃO
 
    O que mais impacto me causou, após a lamentável derrota, foi o choro incontido e sofrido de um jovem torcedor, aí por volta de seus 20 anos. Nada e nem ninguém conseguia consolá-lo. Para mim, sua tristeza refletiu a dor inteira de todos nós.
   Entendo que, agora, não seja a hora mais apropriada para retaliações e críticas severas. Embora, sem cobranças, muitas sugestões e um número incontável de alertas tenham sido transmitidos. Paciência, cada qual com suas convicções.
   Pessoalmente, nada tenho contra o cidadão Osmar Loss, até porque não o conheço. Jamais falei com ele, a não ser uma única vez, em troca de e-mails, onde, aliás, ele se revelou extremamente educado e polido.
  Dirão que ele já passou, que faz parte do passado. Ele, sim, mas a sua nefasta herança esteve em campo contra o Brasil de Pelotas. Afinal, em oito meses foi o que conseguiu. Ou seja: zero. Uma única vitória no Alfredo Jaconi, quando nos orgulhávamos desse nosso importante “Fator”.
  Ou seja: no final do Gauchão, ele, por ele, independente de tomada de posição da diretoria, teria que ter reconhecido que não era do ramo e que treinar times do porte do Juventude não pertencia a sua praia. Montou um grupo do qual é o principal responsável, salvo engano de informações.
  E onde estava a sua recheada agenda de jogadores com que ele teria convivido?
  Enfim: se a situação está horrível, pode, infelizmente, tornar-se pior ainda.
  Por que digo isso? Porque acho que se não houver humildade, se pensarmos em divergências pessoais e em polêmicas internas, com divisões políticas e filosóficas, as coisas tenderão a descer a rampa da desgraça em velocidade assustadora.
   Assim como não é a hora de atirar pedras ou de bancar o oportunista para triturar todo um trabalho, penso, acima de tudo, que tenha chegado o momento ideal de parar para pensar, da abençoada pausa para meditação, onde, todos nós, mas todos mesmo, deveremos bater no peito e reconhecer o “mea culpa”.
   Não tenho dúvidas: todos nós erramos. Alguns mais, outros menos. E se não nos unirmos, racharemos mais ainda. Azar o nosso e o do Juventude!