13/08/2010

PERIQUITO por Mário Grazziotin

PERIQUITO por Mário Grazziotin


A Inglaterra é a pátria do futebol e o Brasil é a pátria do futebol-arte e por aí se vão discussões infindáveis. O futebol é assunto de interesse público, um pouco semelhante à política e seus atores acabam sendo alvo de cobertura jornalística ante o interesse que suscitam as paixões envolvidas, os caminhos escolhidos pelos jornalistas puros, pelos jornalistas-torcedores ou pelos jornalistas-corretores-de-publicidade.
Em matéria de campeonatos, na medida do possível ou até do impossível, assisto as partidas do Juventude, leio as análises, ouço os comentaristas e como torcedor procuro acompanhar, com a facilidade da internet, o que se passa nos bastidores. São poucos e não os mais importantes, os jornalistas que mandam pela linha de fundo um pouco de tudo o que aprenderam na faculdade ou na escola que são as redações de rádios e jornais. Ensinamentos ignorados, em vez de matéria, escrevem libelos de jornalistas-corretores.
Por vezes, da forma como os torcedores-jornalistas analisam os protagonistas do futebol, parece algo mais acerbo do que o tratamento dado a corruptos gastadores do dinheiro público. Eles são pequena parcela e, já o disse, não são os mais importantes, razão que nos remete a observar que a moderação de seus talentos é exuberante e que seus sucessos tem pés de argila.
O Juventude tem quase 100 anos e penso que muito do seu sucesso deve-o aos jornalistas puros, a grandeza do clube tem estreita ligação com a imprensa, mas quando um dito ou escrito não corresponde aos fatos, a dor é tanta que não cabe em mim mais do que ela. Que bom seria celebrar apenas a verdade.