30/08/2010

PERIQUITO por Mário Grazziotin

PERIQUITO  por Mário Grazziotin


PERCALÇOS - Rio, 30/08/2010
 O JU não tem torcedores de meio expediente, nós somos integrais, solidários quando as forças estão nos abandonando, na nossa imaginação apanhamos nossas vassouras para varrer longe os pensamentos pessimistas.
Eu sei, embora não saiba como o sei que o sonho sonhado da glória acomoda a vida do juventudista sonhador que sou e o único lugar para onde retorno é minha paixão.
Neste final de semana falei com outro juventudista, o Pedrinho, garçom conhecidíssimo, e passei a me sentir perigosamente bem. Ele, como eu, de expediente integral, de braço tatuado que mostrou orgulhoso, estava sereno, não seriam percalços que modificariam corações verdes.
De quebra continuo aprendendo com meus filhos, dois torcedores alojados e escondidos em mim, onde sempre encontro força para solicitar a minha força de Papo, em especial quando os deuses conspiram contra nossas paixões. Nós três integramos a massa verdoenga e há momentos em que vemos melhor de olhos fechados e de olhos fechados queremos nos juntar à multidão verde que sobe a uma altura da qual o percalço deixe de parecer um percalço.
O Michelin está familiarizado com gráficos de eletrocardiogramas que mostram sístole e diástole formando uma linha harmônica. Bem lá de cima, de olhos fechados pela paixão, a trajetória do Juventude é uma linha que vai em frente, com torcedores tatuados, de expediente integral, solidários, cheios de esperança, seja na sístole ou na diástole.